Regulamentação das Apostas Esportivas no Brasil: o que você precisa saber

As apostas esportivas têm se tornado um passatempo popular no Brasil, mas muitas pessoas ainda se perguntam: as apostas esportivas são proibidas no país? A resposta é mais complexa do que um simples “sim” ou “não”, especialmente após a sanção da Lei 14.790/23, que estabeleceu um marco regulatório para o setor. 

Historicamente, as apostas esportivas eram consideradas ilegais no Brasil, com exceção das loterias federais operadas pela Caixa Econômica Federal. No entanto, a situação começou a mudar em 2018, com a aprovação da Lei 13.756, que autorizou a criação de um mercado regulado para as apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets. A recente sanção da Lei 14.790/23 veio para regulamentar definitivamente essa atividade, estabelecendo regras claras para a operação de empresas de apostas no país.

Apesar da legalização, as apostas esportivas ainda apresentam riscos significativos, tanto para os consumidores quanto para a integridade do esporte. 

As apostas podem se tornar viciantes, levando os indivíduos a gastar mais do que podem perder e causando problemas financeiros e emocionais graves. Além disso, a falta de regulamentação em alguns tipos de apostas e a presença de operadores ilegais aumentam o risco de fraudes e manipulação de resultados, comprometendo a integridade do esporte.

Sem uma supervisão adequada, as apostas esportivas podem ser utilizadas como meio para a lavagem de dinheiro, facilitando atividades criminosas.

Regulamentação pela Lei 14.790/23

A Lei 14.790/23, sancionada recentemente, trouxe um conjunto de diretrizes e normas para regulamentar as apostas esportivas de quota fixa no Brasil. Aqui estão os principais pontos da nova legislação:

  1. Todas as empresas que desejam operar no mercado brasileiro de apostas esportivas devem obter uma licença específica. Este processo de licenciamento garante que apenas operadores confiáveis e financeiramente sólidos possam oferecer seus serviços no país.
  2. As operadoras são obrigadas a pagar impostos sobre a receita bruta obtida com as apostas. Parte dessa arrecadação é destinada a programas sociais e ao desenvolvimento do esporte, promovendo um equilíbrio entre a geração de receitas e o bem-estar social.
  3. A lei exige que as operadoras forneçam informações claras e transparentes sobre as odds, as regras das apostas e os mecanismos de resolução de disputas. Também são implementadas medidas para promover o jogo responsável, como limites de apostas e programas de autoexclusão.
  4. A fiscalização das atividades das operadoras é realizada por órgãos governamentais, que monitoram o cumprimento das normas estabelecidas. A lei inclui medidas rigorosas para prevenir a manipulação de resultados e a lavagem de dinheiro, assegurando a integridade do esporte e das apostas.

Esta legislação estabelece um marco regulatório claro e abrangente, que visa garantir a segurança dos consumidores, a integridade das operações e a geração de receitas para programas sociais e esportivos. No entanto, é importante que os apostadores estejam cientes sobre quais as plataformas oferecem apostas de forma legal, pois muitas ainda insistem em operar no país com tipos de apostas não permitidas pela Lei. 

Com a regulamentação adequada, as apostas esportivas podem oferecer entretenimento e oportunidades econômicas, desde que praticadas de maneira responsável e ética.

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